quarta-feira, 13 de julho de 2011

V de V Blood

Estou assistindo True Blood  atualmente (terminei a primeira temporada) e não posso deixar de comentar o quão interessante essa série de tv é. O programa é exibido pela HBO e foi criado por Alan Ball, conhecido por ter escrito Beleza Americana e produzido a série de tv A sete palmos. True Blood é baseado na série de livros da escritora norte-americana Charlaine Harris. Mesmo tratando-se de uma história com vampiros (o que atualmente é mais do que comum após Crepúsculo) e outros seres, ela se sobressai, pois trata de assuntos da vida cotidiana, mesmo contendo personagens nada comuns.
 A questão política que envolve a luta pela igualdade entre humanos e vampiros me lebra a questão racial e muitas outras lutas que existiram. Hoje, por exemplo, presenciamos cada vez mais a luta dos homossexuais pela igualdade perante a sociedade e perante a lei  (se esse universo fosse real existiriam paradas do orgulho vampiresco). 
Outro ponto importante tratado pela série, que por sinal é muito dark, é o tráfico; nesse caso de V (sangue de vampiro). Tal empreendimento é proibido por lei, mas a prática é comum. O V blood é uma espécie de droga que faz com que seus usuários adquiram características bem peculiares: aumento da libido, dos sentidos, da força, dentre outros atributos.
Não posso deixar de falar também da força das personagens femininas na série. Sookie Stackhouse (Anna Paquin) é uma telepata que simplismente domina a maioria das figuras masculinas mais importantes da série, apesar de Anna apresentar algumas vezes uma atuação meio artificial, o que não prejudica a força da personagem. Claro que ela não é a única personagem feminina importante da série. Tara Thornton (Rutina Wesley), no começo da série, enfrenta sérios problemas com a mãe alcoólatra e, posteriormente, consigo mesma.
Diversos tabus estão presentes na série. O lugar poderia ser descrito como uma Sodoma ou Gomorra da comtemporaneidade, onde o "pecado" está presente na vida coditidiana de seus habitantes. O sexo é uma das bases da série e acontece em praticamente todos os episódios, além da homossexualidade, da influência da religião, do preconceito e da hipocrisia, características presentes em qualquer sociedade.
E para encerrar, algo que não poderia faltar nessa história: o amor. Nesse caso compartilhado por um vampiro (Bill) e uma humana (Sookie). Bill (Stephen Moyer), que aparentemente poderia representar um perigo, é na verdade o que mais traz paz para Sookie, já que ela não consegue ouvir os seus pensamentos (isso me lembra outra história...). Porém, o mundo dos vampiros também possui suas próprias regras e é claro que essa relação não poderia ser tão fácil assim. E para complicar ainda mais, outro vampiro (Eric) entra na competição por Sookie.
Portanto, True Blood é um drama cheio de violência, sexualidade (que combinam perfeitamente com histórias vampirescas), romance, mistério e morte, que lhe prende do começo ao fim e vale a pena ser conferido.

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